Milhões de famintos
Em relatório apresentado à Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) no final do ano, o relator especial sobre o direito à alimentação, Jean Ziegler, demonstrou sua profunda preocupação com o fato de os níveis mundiais da fome seguirem aumentando.
Atualmente, 854 milhões de pessoas sofrem com a fome em todo o planeta. Ao contrário do que projeta os Objetivos do Milênio proposto pela ONU - que é reduzir pela metade, entre 1990 e
Mais de seis milhões de crianças menores de 5 anos morrem todos os anos de fome, ou de causas relacionadas a ela. Milhares de outras crianças seguem vivendo sem alimentação suficiente todos os dias, sem macro e micro-nutrientes, condenados a um desenvolvimento intelectual limitado, provocando o atraso do crescimento físico.
O compromisso assumido pelos governos, em 1996, na primeira Cúpula Mundial sobre a Alimentação e, em 2000, na Cúpula do Milênio, de fazer esforços para alcançar progressos praticamente não teve resultados. Esta é uma realidade inaceitável, pois os seres humanos têm direito a viver dignamente sem padecer de fome. O acesso ao consumo de uma alimentação adequada é um direito do ser humano.
Bahia injusta com seus pobres
No caso brasileiro, por aqui temos 50 milhões de miseráveis (29.3% da população brasileira tem renda mensal inferior a 80 reais per capita), estão abaixo da linha de pobreza, aponta o Mapa do Fim da Fome no Brasil, lançado pela Fundação Getúlio Vargas..
Os Estados nordestinos foram os que apresentaram maior índice de pobreza do País. Todos, à exceção do Rio Grande do Norte, têm mais que 50% de sua população abaixo da linha de pobreza. O Maranhão é o Estado brasileiro que apresenta a pior situação. Mais de 63% de sua população está abaixo dessa linha.
Piauí é o segundo Estado com maior índice de pobreza do País (61,7%), seguido do Ceará (55,7%), Alagoas (55,4%), Bahia (54,8%), Tocantins (51,27%), Pernambuco (50,9%), Paraíba (50,2%), Sergipe (50,14%) e Rio Grande do Norte (46,93). De acordo com o economista da FGV, Marcelo Neri, para acabar com a miséria no País o Governo deveria investir R$ 1,69 bilhão por mês, o que significa 20,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Bahia é o Estado brasileiro onde se precisariam investir mais recursos para reverter o quadro de miséria. Por mês, o custo para erradicar a pobreza do povo baiano, de acordo com a pesquisa, é de R$ 277 milhões. No Estado, a pior situação se apresenta aqui em nosso semi-árido e no extremo Oeste Baiano, onde 64,75 % da população têm renda inferior a R$ 80. Em nosso território Piemonte do Paraguaçu, a pobreza atinge 48,9% da população que padece sem renda. São estes os indicadores que medem a situação de miséria e penúria que atingem milhares de famílias pelos bairros periféricos de nossa Itaberaba.
Até quando viveremos este quadro dantesco?
3 comentários:
por que não coloca mais imagens e menos letras????
Acho que não precisamos ver mais imagens, basta o que vemos no dia a dia de ITABERABA.A nossa realidade diferencia da foto apenas na questão do urubu, aqui não é um urubu e sim "URUBUS", polìticos inescrupulosos e falsários que espreitam a nossa população carente de tudo, exatamente na época das eleições para sugar o nosso tesouro que é o DIREITO DE ESCOLHA.Pensem nisto antes de votar.
Caros, os Agrônomos da carreira de Perito Federal Agrário do INCRA, informam a paralisação de suas atividades nos dias 8, 9 e 10 de março, em protesto contra o preconceito salarial a que estão submetidos, o salário atual do Perito Federal Agrário corresponde a 40% do salário do Fiscal Federal Agropecuário, ambos Engenheiros Agrônomos, sendo o trabalho do Perito Federal Agrário de extrema importância social e ambiental, como pode um Agrônomo da CEPLAC(órgão falido e sem função social)que passa o dia todo no escritório sem produzir nada ganhar muito mais que os Agrônomos do INCRA que dentre outras atividades chegam a avaliar imóveis de milhões de reais, além de sofrerem ameaças de proprietários insatisfeitos e alguns integrantes dos movimentos sociais mais exaltados. Isso é justo? É este o tratamento do Governo do social com os trabalhadores que impulsionam esta ação? Porque os Agrônomos do Agronegócio devem ganhar mais que os Agrônomos da Agricultura Familiar?
www.assinagro.com.br
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