Todos os anos a população dos territórios que abraçam esta vasta região, englobando o Piemonte do Paraguaçu, Chapada Diamantina e Jacuípe, assim como as demais regiões baianas, convivem com uma rotina incomum: a visita constante do governador Jaques Wagner aos municípios, ora em festas de vaqueiros, aniversários das cidades, ou outros eventos promovidos pelas administrações municipais para dar referência públicas às suas ações. Em todas as visitas o governador tem inaugurado obras como Unidades de Saúde da Família (PSF), Centro de Cultura Digital (CDC), ou pavimentações e urbanizações de ruas e praças, onde a maior parte dos recursos foram conveniados entre com o Estado. Muita falação dos políticos, muita festa e muitos shows têm atraído multidões ávidas por novidades e alegrias, ficando um saldo positivo nas impressões do povo.
Mas, para nós da redação deste periódico, entendemos que a administração pública não se resume apenas em sensibilizar a população para acolher com carinho aos prefeitos, deputados e governadores, numa estratégia de marketing para demonstrar que se faz muitas ações e obras públicas, quando na verdade entende-se a pequenos índices das reais necessidades da população. Não queremos aqui dizer que não consideramos importantes as pequenas obras, vez que reconhecemos o quanto elas contribuem para o ajuste das carências populares e a inclusão de novas demandas nos serviços públicos. O que observamos é que os administradores se apresentam mais preocupados em resultados eleitoreiros que lhes garantam a renovação dos seus mandatos.
Na Bahia assim como no Brasil a política é mais importante que o planejamento consistente das ações públicas.
Observam os estudiosos, sociólogos e cientistas, que a vida das populações avançam num contexto de mudanças aceleradas, enquanto que e os governos necessitam se aparelhar para enfrentar novas demandas como, por exemplo: o número de cidadãos a ser atendido pelas ações governamentais tem crescido e continuará a crescer; os cidadãos estão cada vez mais exigentes e conscientes de seus direitos; a população tem manifestado sentimentos mais críticos com relação ao desempenho dos legisladores, dos governos e da justiça.
Nas últimas décadas, o atendimento às demandas da sociedade brasileira parece estar aquém das expectativas, apesar da existência de inúmeras ilhas de excelência no setor público, entre as quais podemos citar os avanços conquistados mais notórios: Receita Federal e os mecanismos para declaração de renda; Justiça Eleitoral e o sistema de votação e apuração de eleições; Prestação de serviços integrados ao cidadão do tipo SAC e Ponto Cidadão; a Petrobrás e seu exemplar desenvolvimento técnico, alcançado riquezas nacionais em águas profundas.
Estas conquistas e avanços são frutos do planejamento, cuja visão organizacional precisa alcançar todos os setores da gestão pública dos Municípios e dos Estados brasileiros, ajustando o desempenho dos políticos aos reais interesses da população.
O mais novo desafio é o despertar as consciências coletivas e individuais para participar dos esforços pela preservação ambiental e avida no futruro. E, neste ano político-eleitoral, decidirmos pelo voto as mudanças que o Brasil necessita para que no contexto das Nações, seja referência em sustentabilidade, paz, democracia e justiça social.
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quarta-feira, 30 de março de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
A educação como força para a emancipação e o trabalho
A educação, capaz de proporcionar a revolução cultural, social e econômica, que o País necessita, deve ser construída nas escolas, faculdades e universidades, como um instrumento libertador do cidadão, elevando nas pessoas a sua capacidade crítica e avaliativa, para a tomada de decisões. Acreditava o mestre, Paulo Freire, em seu Método de Educação Libertadora, que é possível acordar a consciência do aluno para que ele seja capaz de exercer seu papel de cidadão e se habilitar a revolucionar a sociedade. Assim, o letrado pode transcender a simples esfera do conhecimento de regras, métodos e linguagens, e ser então inserido na esfera sócio-econômica e política da qual fora excluído. O domínio das letras e das palavras é um instrumento para que o cidadão elabore sua consciência política, conquistando um ponto de vista integral do saber e do universo que habita, tornando-se capaz de construir seu próprio futuro.
Porém, nos padrões que vem sendo conduzida a educação da nossa Itaberaba, mais parece voltada para a formação de legiões de dependentes e submissos, a começar pela péssima qualidade do nosso ensino fundamental. O ensino público municipal de Itaberaba é considerado um dos mais baixos da Bahia, conforme as metas projetadas pelo Ministério da Educação para o Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, apresentando o município em 218º lugar com nota 3.4, perdendo em qualificação para a metade dos municípios baianos. São inúmeros os fatores que levam para baixo o ensino público do município. Dentre eles, o baixo investimento em educação, com os gestores preocupados em realizar obras faraônicas, trocando saúde e educação por asfalto, enquanto falta na secretaria de educação uma estratégia pedagógica de inclusão educacional de médio e longo prazo. Itaberaba é de longe superada pela vizinha Boa Vista do Tupim que apresenta o notável indicador de 5.8, repetindo o melhor índice educacional da Bahia, conquistado desde 2008.
Estamos perdendo feio para municípios com menores investimentos em educação como Novo Horizonte no alto da Chapa Diamantina, classificado em 16º lugar na lista do Ideb, com um altivo indicador de 4,7. Dom Macedo Costa, no Recôncavo, vem classificado em 18º com 4,6; Jacaraci com 4,6; até Palmeiras que ficou em 20º com 4,5, humilha a falta de cuidados dos nossos gestores municipais com a educação de nossas crianças. Uma vergonha!
Por conta desse descuido e falta de atenção para com a educação, o reflexo é a ausência de quadros capacitados para atender as demandas de crescimento, em um município onde cresce a renda per-capta e cai o nível de formação para o trabalho e a consciência.
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